sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Literatura é ação


Fazer poesias é como respirar: acontece naturalmente
Criar contos é como beijar: é prazeroso, mas termina rapidamente
Compor músicas é como declamar poesia: precisa-se de inspiração
Escrever teatro é como perdoar: é sacrificante, mas depois compensa a boa ação
Elaborar livros é como amar: precisa-se de tempo, paciência, empenho e determinação, mas no final tudo dá certo, ou não!

Thiago Benitez

Amor(te)


Por que temer a morte?
Este sentimento é inútil, todos hão de morrer
Para que pensar na morte?
Este pensamento é fútil, todos hão de perecer.

Se nem me conheço por inteiro
Para que conhecerei a morte?
Se nesta vida nada é verdadeiro,
Jogo minha vida à própria sorte.

Sou um autômato no mundo da vida
E um convidado-estimado para o esquema da morte.
Sou anacrônico e nesta sociedade isso não tem saída,
E minha saída na verdade é falecer e não ser forte.

Será que a vida não é a porta para a morte
E a morte uma janela para uma nova vida?
Mas por que então todos não aderem essa morte,
Será a bíblia a impedidora para esta saída?

Minha palavra não é mais valiosa do que a do majestoso
E meu pensamento não é menor do que o do ser humano, Acho Deus o responsável pelos sentimentos, pelo amor, pelo gozo,
Mas a morte e a vida andam juntos sem dono.

Se morrer é inevitável por que então é proibido matar-se?
Se amar é doloroso por que temos de amar?
Simples, somos seres humanos.


Thiago benitez

Quarta corda


O que seria de mim sem a quarta corda do meu violão?
Podem tirar meu ar
Parar meu coração
Jogar-me no mar
E até tampar minha visão
Mas não sou nada sem a quarta corda do meu violão

A sexta corda não tem importância
Pois sem ela ainda consigo ter um belo som
Mas sem a quarta é impossível tocar
Tudo fica sem tom

O Mi se torna Mi-7
O Dó quase um Lá menor
Mas o pior é o Sol que não fica mais tão belo
Como o sol de todas as manhãs
O que vou fazer sem o Sol?
Meu dia vai escurecer
A minha luz vai perecer
O que vai ser de mim sem a quarta corda do meu violão?

O tom vai se acabar
A música vai falecer
As notas vão se descompor
O ritmo vai se perder

O barulho vai silenciar
A afinação vai esmorecer
Apenas meu amor não vai mudar
Pois ainda sobrevivo sem você
Mas não sem a quarta corda do meu violão.
Thiago Benitez